CONCERTOS, FILMES, EXPOSIÇÕES, OFICINAS, CONVERSAS, DJ SET, CULINÁRIA.
Os Dias Abertos regressam em 2025 com um novo nome e um novo formato: ARCA. Durante oito dias, a OSSO abre as portas a um conjunto diversificado de projetos artísticos — a maioria desenvolvidos no âmbito do nosso programa de residências — promovendo o encontro entre artistas e a comunidade da aldeia de São Gregório. A programação inclui concertos, exposições, projeções de filmes, conversas e oficinas para adultos, criando momentos de fruição e partilha. Haverá também um espaço de cozinha e um bar, onde o público poderá desfrutar de pratos sazonais, sumos de fruta e bebidas espirituosas, preparados com inspiração local.
As atividades decorrem no espaço da OSSO e em vários locais da aldeia de São Gregório, num ambiente aberto à confraternização. Este novo formato pretende testar a viabilidade de um encontro anual mais intensivo, reunindo públicos locais, nacionais e internacionais numa experiência comunitária enriquecedora.
Depois de seis anos de ligação entre as residências artísticas e a comunidade, a ARCA surge como um passo natural na partilha dos processos e na divulgação dos artistas que passaram por São Gregório. A expectativa é que estas iniciativas reforcem o papel da OSSO como um pólo cultural ativo no meio rural, promovendo práticas artísticas contemporâneas em diálogo com a aldeia e as suas gentes.
Lotação Limitada
Inscrições aqui
Email: ossocultural@gmai.com
Tel: 262 938 174
Concerto
27 de Julho

16H / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
MARIA DO MAR + OLIVIER PERRIQUET
Maria do Mar é violinista, performer, professora e compositora eclética, com um trajecto transdisciplinar. A sua abordagem criativa explora convergências e divergências entre música clássica, modos de ensino alternativos, música experimental e improvisada, cinema, teatro, dança, literatura, artes visuais, curadoria e ativismo. Busca no seu trabalho um universo amplo, com fronteiras estéticas esbatidas onde se abrem possibilidades transversais e sem limites criativos.
Olivier Perriquet trabalha na intersecção de vários campos das artes visuais, incluindo o cinema experimental, o cinema expandido e a arqueologia dos media, cujas histórias, formas e modus operandi são referências implícitas para ele. Com uma afinidade especial pela visão e pela ótica, projeta dispositivos que mostram a sua própria condição de aparência e recepção, de experiências invulgares de tempo e espaço.
Em conjunto, exploram experiências sinestésicas na interseção de diferentes linguagens sonoras e visuais, procurando expandir os limites da perceção. Através das fissuras entre tecnologia e pensamento crítico, entre história, contemporaneidade e pós-contemporaneidade, desvendam novos territórios de expressão e conhecimento.
———
+ Info
———
Filme
27 de Julho

17H / ADEGA ESTÚDIO / FILME E CONVERSA
BEATRIZ SOUSA “MESA POSTA”
Mesa Posta é um filme que revela a violência de uma vida através da simplicidade dos gestos de quem a interpreta. A narrativa desenrola-se na ação de pôr a mesa, onde hábitos, crenças e momentos íntimos se tornam metáforas visuais da história. A brutalidade do quotidiano é contrastada com a beleza e a delicadeza dos objetos que compõem o cenário, transformando a mesa num espaço de revelação e confronto.
Beatriz de Sousa, natural de Leiria, estudou Cinema na Universidade da Beira Interior e tem-se destacado como realizadora, artista e ativista. O seu primeiro filme, Mesa Posta (2022),, tendo sido selecionado para diversos festivais nacionais e internacionais. Em paralelo, criou Um Bom Par de Ovários (2022), uma instalação multidisciplinar que investiga o assédio e o abuso sexual. Para além do cinema, o seu trabalho estende-se à escrita e à exploração do corpo como forma de expressão, refletindo sobre os direitos das mulheres e promovendo uma abordagem artística crítica e comprometida.
———
+ Info
———
Culinária
26 de Julho

20H – 21H / OSSO / CULINÁRIA
CHEF HUGO BRITO
Figura incontornável e presença essencial nos Dias Abertos da OSSO, o Chef Hugo Brito tem conquistado o palato dos visitantes com uma fusão de inovação e requinte. Cada prato que apresenta é uma verdadeira obra-prima gastronómica, onde sabores inesperados se combinam em perfeita harmonia.
Hugo Brito, foi chef e proprietário do restaurante Boi-Cavalo, em Lisboa. Com formação inicial em sociologia e artes plásticas, dedicou-se à gastronomia, acumulando experiência em Amesterdão e colaborando com os restaurantes 100 Maneiras e Delidelux como chef consultor.
———
+ Info
———
Concerto
26 de Julho

19H / ARMAZÉM / CONCERTO
LEIDA
LEIDA é um instrumento polifônico de oito vozes, concebido por Mariana Dionísio como um espaço de experimentação sonora livre e dinâmica. Cada peça não parte de uma estrutura fixa, mas sim da afirmação de um sub-instrumento—um conjunto de premissas que orienta e limita os recursos disponíveis, sem impor um percurso formal rígido. Em vez de seguir um roteiro fechado, a construção sonora emerge da intenção do gesto, convocando objetos dentro de um instrumento parametrizado, plástico e emancipado.
A sua natureza flexível permite uma abordagem exploratória, onde cada interação revela novas possibilidades de textura, timbre e dinâmica. LEIDA torna-se, assim, um sintetizador orgânico, cuja aprendizagem não se esgota, evoluindo a cada manipulação e refinamento. Este processo de descoberta contínua transforma-o num território de expressão singular, onde os limites são constantemente desafiados e expandidos.
Mais do que um simples instrumento, LEIDA é um campo de investigação sonora em constante transformação. À medida que o utilizador se aprofunda na sua lógica interna, novas camadas de significado e funcionalidade emergem, permitindo uma experiência criativa rica e imprevisível. Dessa forma, a relação com LEIDA não se baseia apenas na execução musical, mas também na interação intuitiva com as suas múltiplas facetas, tornando-se um instrumento que cresce e se adapta ao seu próprio processo de exploração.
———
+ Info
———
Concerto
26 de Julho

21H30 / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
ENSEMBLE HEMIPTERA
RLLRLRLLRRLRLRLRLLRLRLR é simultaneamente o título e a partitura para os intérpretes. Esta é uma colaboração que parte da obra de Julian Sartorius e do Ensemble ET|ET, que Hemiptera se propõe a reinterpretar, investigando a premissa conceptual da performance.
A estrutura da obra baseia-se num padrão rítmico de 23 notas, alternadas entre a mão direita (R) e esquerda (L), tocadas continuamente pelos percussionistas. A narrativa sonora evolui através da adição ou subtração de instrumentos e do processamento de som, onde elementos controlam a estrutura sem necessariamente tocar um instrumento.
A fluidez da modulação sonora alterna entre atmosferas etéreas e beat drops reminescentes do EDM, ampliando as possibilidades de escuta e tornando a performance altamente adaptável ao espaço, num formato site-specific que se ajusta a diferentes contextos.
———
+ Info
———
DJ SET
26 de Julho

22H – 00H / ADEGA ESTÚDIO / DJ SET
OSSO EQUIPA DJ SET
Depois de uma noite memorável de intensa diversão nos últimos Dias Abertos, não poderíamos deixar de aproveitar a ocasião para oscilar a anca e soltar o cabelo.
Desta vez o repto foi lançado a toda a equipe da OSSO para nos surpreender com os seus mais recalcados gostos musicais. Não há critérios pré-definidos, nem exigências. A única premissa é que todos se divirtam, num acto de partilha e união entre a equipa e todos os que estiverem presentes.
Bora lá.
———
+ Info
———
Concerto
25 de Julho

19H / SALA PIANO / CONCERTO COMENTADO
JOANA GAMA
Joana Gama (Braga, 1983) é uma pianista portuguesa que se movimenta entre diferentes expressões artísticas, explorando diálogos entre a música e outras formas de criação. O seu percurso reflete uma abordagem versátil e aberta, envolvendo-se em projetos tanto a solo como em colaboração com artistas das áreas do cinema, da dança, do teatro, da fotografia e naturalmente da música.
Fascinada pela ideia de uma música quase silenciosa—sons que convidam à contemplação e à escuta profunda—Joana Gama tem dedicado especial atenção à obra de compositores como Erik Satie, John Cage e Hans Otte, cujas peças exploram o tempo, o espaço e a perceção sonora de forma inconfundível.
À OSSO, a pianista trará um concerto comentado, onde, num ambiente intimista, o público será guiado por reflexões sobre música, caminhadas, cogumelos e sons que parecem conhecer o seu próprio destino. Será uma experiência que ultrapassa a mera audição, abrindo espaço para uma escuta sensível e para um olhar diferente sobre a forma como o som ocupa o silêncio.
———
+ Info
———
Concerto
25 de Julho

21H / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
ALFREDO COSTA MONTEIRO
Alfredo Costa Monteiro, nascido no Porto e radicado em Barcelona desde 1992, é uma referência incontornável da música experimental europeia. Artista sonoro, improvisador, compositor e poeta sonoro, a sua obra caracteriza-se pela exploração de processos instáveis e constrangimentos conceptuais, onde objetos se transformam em instrumentos e instrumentos assumem novas identidades, num jogo fenomenológico que desafia as fronteiras da música.
O seu percurso é marcado por colaborações com músicos, coreógrafos, videoartistas e cineastas de todo o mundo, levando o seu trabalho a palcos de toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, Rússia e Japão. A sua abordagem à criação sonora é profundamente experimental, fundindo improvisação, instalação, arte sonora e poesia visual numa investigação contínua. O seu repertório abrange desde instrumentos clássicos, como a guitarra e o acordeão, até objetos do quotidiano, modificados ou usados na sua forma original, incluindo a própria voz como elemento essencial da sua expressão artística.
O trabalho de Costa Monteiro expande os limites da música, explorando tonalidades, harmonias e texturas que revelam o som na sua forma mais pura e experimental, transformando-o numa experiência sensorial única.
———
+ Info
———
Oficina temática
24 de Julho

15H – 19H / ADEGA ESTÚDIO / OFICINA
ALFREDO COSTA MONTEIRO ” IMPROVISAÇÃO SONORA: ESTRATÉGIAS PARA UM AQUI E AGORA”
Durante esta oficina, Alfredo Costa Monteiro propõe analisar algumas das abordagens instrumentais mais caraterísticas da música experimental; explorando o seu alcance, não só através de alguns dos seus códigos estéticos, mas também através da sua poética interna e da sua política essencial. De alguma forma, tentar refinar a nossa perceção do som, integrando novos recursos, mas também desconstruindo outros anteriormente assimilados. Aprender a desaprender será o principal objetivo desta oficina.
Irá falar-se de alguns dos conceitos e parâmetros fundamentais presentes na música experimental e na arte sonora, como a escuta, a coletividade, o som, o ruído, o silêncio, mas também a imaterialidade, a permanência ou até a não-atividade. Analisar-se-á também alguns dos aspetos que tentam desconstruir as fronteiras entre improvisação e composição.
O objetivo será criar determinadas estruturas, certas formas de produzir sons relacionados com a escuta, a partilha ou a tomada de decisões, e desenvolver situações coletivas e individuais.
Esta oficina será teórico-prática e destina-se não só a músicos, mas também a qualquer pessoa que tenha interesse em improvisação sonora, arte sonora, ou simplesmente som em geral. Não é necessário nenhum conhecimento musical.
(ADULTOS / Max: 10 PX )
Inscrições: osso.equipa@gmail.com
———
+ Info
———
Oficina temática
23 de Julho

15H – 19H / ADEGA ESTÚDIO / OFICINA
RUI EDUARDO PAES “ESCREVER NAS MARGENS”
“Escrever nas Margens” é um workshop tematizado em torno da escrita (ensaística, jornalística e de crítica) sobre a música das margens e do chamado underground. Dadas as especificidades (no objecto, na abordagem, no estilo) que a distinguem da “escrítica pop”, os trabalhos incidirão sobre essas diferenças, com exercícios realizados no momento que apontem para essa outra caracterização. Alguns fatores serão verificados em particular, como a escuta no presente tempo sinestésico, a investigação, a análise em rede, a percepção histórica, a formação de uma ideia de “novo” e de “alternativo”, o sentido crítico em contra-corrente com os modelos instalados, a interdisciplinaridade como ferramenta de um pensamento sobre música.
(ADULTOS / Max: 10 PX )
Inscrições: osso.equipa@gmail.com
———
+ Info
———
Concerto
20 de Julho

16H / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
ANTÓNIO PEDRO + ALBAN HALL “NORQUESTRA”
Um grupo de crianças de São Gregório desenhou livremente na Escola dos Labirintos, criando formas, linhas e composições que refletem a sua imaginação e criatividade. Esses desenhos, carregados de expressividade e simbolismo, são entregues a músicos que nunca os viram antes e que terão a missão de interpretá-los sonoramente.Nesse processo, a música surge como uma tradução espontânea das imagens, transformando traços em sons, ritmos e melodias num exercício de improvisação coletiva. Cada músico, sem conhecer a intenção original dos desenhos, interpreta-os intuitivamente, explorando a relação entre cor, forma e timbre, entre composição visual e expressão sonora.
A experiência torna-se um diálogo único entre artes, onde desenho e música se encontram em um território aberto à experimentação. Sem regras fixas, cada gesto gráfico inspira um gesto sonoro, criando uma composição viva, mutável e colaborativa. No fim, o som e a imagem deixam de ser elementos separados e convergem numa peça improvisada que revela novas conexões entre imaginação, expressão e criação coletiva.
———
+ Info
———
Filme
20 de Julho

17H / ADEGA ESTÚDIO / FILME E CONVERSA
LUCAS RESENDE (REGRESSO)
“Regresso” é uma peça de stop-motion criada através da técnica de scanografia, concebida para ilustrar o EP Quem me retira os problemas da saudade de Bernardo de Melo. A obra visual acompanha a jornada introspectiva do pianista durante o período de isolamento, traduzindo, em imagens fragmentadas e em movimento, a busca por liberdade através da música.
O filme não apenas reflete o impacto da saudade e da solidão, mas também revela como o som transcende as barreiras do espaço físico, tornando-se um veículo para a expressão emocional e a reconstrução do mundo interior. Através da fusão entre som e imagem, Regresso cria uma experiência sensorial profunda, transportando o espectador para um universo de reflexão e transformação.
———
+ Info
———
Concerto
19 de Julho

18H / CAPELA DE SÃO GREGÓRIO > EIRA / CONCERTO
CORO SOCIAL DO BAIRRO
O concerto do Coro Social do Bairro terá um formato itinerante com início na capela de São Gregório e terminando nas instalações da OSSO.
O Coro Social do Bairro é um grupo de cantares em português, dirigido pelo maestro Tiago da Neta, que se dedica à exploração das sonoridades do cancioneiro tradicional e da música de intervenção. Inserido no Clube Social do Bairro das Caldas da Rainha, o coro nasceu da iniciativa de um grupo de amigos do Bairro Azul, com o objetivo de preservar e valorizar a expressão musical comunitária. Através da sua interpretação característica e do resgate de melodias históricas, o coro contribui para a divulgação e renovação do repertório tradicional, mantendo vivas as raízes culturais e promovendo a união entre gerações.
Amabile Bezinelli, Ana Sincu, Axelle Camille, Bárbara Barreto, Bárbara Fernandes, Eneida Tavares, Fábio Beckert, Filipe Feijão, Francisca Branco, Inês Cardoso, João Marcão, João Soares, Lenara Serrato, Lina Lemos, Maria Armanda, Miguel Macedo, Mónica Kopp, Patrícia Rijo, Pedro Hermínio, Sara Silva, Sofia Camacho, Susana Baeta, Tiago Abelha, Tiago da Neta
———
+ Info
———
Concerto
19 de Julho

19H / EIRA / CONCERTO
RAQUEL LIMA + YAW TEMBE
O projeto que une Raquel Lima e Yaw Tembe explora múltiplos significados da palavra “Rádio”, transformando-a numa metáfora para a interseção entre corpo, som e transmissão de sentidos. O rádio pode ser um osso que sustenta o movimento, um instrumento de navegação, um raio de luz ou um canal de comunicação invisível, ligando espaços e tempos distintos.
Nesta pesquisa artística, as frequências e vibrações tornam-se matéria para a construção de novas paisagens sonoras, onde fragmentos de voz, som e sentidos são reunidos, explorando acústicas e sonoplastias. Através dessa sobreposição de significados, poesia e música acumulam camadas que ressoam e se expandem, num exercício de escuta e experimentação que transforma o espaço e o corpo em territórios repletos de expressão.
———
+ Info
———
Concerto
19 de Julho

21H30 / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
AMULETO APOTROPAICO
Ativa desde 2022 e formada no Porto, a dupla António Feiteira (percussão e eletrónica) e Francisco Pedro Oliveira (guitarra e eletrónica) constrói um universo sonoro intenso e ritualístico, guiando-se por caminhos de vertigem e delírio, sempre ancorados numa espiritualidade deliberada. O seu som transita entre o folclore e as sombras da memória coletiva, onde percussão e guitarra se entrelaçam num diálogo visceral, dissolvendo-se em drones esotéricos e fragmentos digitais pulsantes.
Após três anos de performances em transformação constante—de caves de galerias a auditórios do circuito português de música experimental—, a dupla concretiza-se agora no lançamento do seu primeiro LP, homônimo, com edição pela editora portuense Perf.
———
+ Info
———
Culinária
19 de Julho

20H – 21H / OSSO / CULINÁRIA
GRÃO-DE-BOI
O manjar deste dia fica a cargo da Susana Valadas e Ana Varela com o seu projecto Grão de Boi. Iniciativa que junta duas amigas, vizinhas, artistas e cozinheiras. Grão a Grão e Coração de Boi, unidas pela mesma visão acreditam na felicidade e partilha à mesa onde todos têm o seu lugar.
Prezam um compromisso com a sustentabilidade, priorizando uma alimentação responsável e alinhada à sazonalidade e ética de desperdício zero. Trabalham com produtos locais adquiridos diretamente de pequenos produtores sempre que possível, valorizando o sabor autêntico de ingredientes frescos e minimizando nosso impacto ambiental. As suas ementas são inteiramente desenhadas para celebrar a diversidade alimentar e oferecer uma experiência rica e memorável.
———
+ Info
———
Concerto-Instalação
18 a 20 de Julho

18H / SALÃO SÃO GREGÓRIO / CONCERTO – INSTALAÇÃO
LUÍS JOSÉ MARTINS (PARTES.EXTRA.PARTES)
partes . extra . partes é um espetáculo-instalação inspirado no conceito de “organologia instrumental forense”, em diálogo com as ideias da Forensic Architecture. Através da análise minuciosa de uma guitarra romântica do século XIX—restaurada pelo luthier Orlando Trindade nas Caldas da Rainha e tocada ao vivo—o projeto mapeia as relações e lógicas extrativistas e coloniais que fundamentam a sua construção, bem como a de muitos instrumentos ocidentais.
Este trabalho dá continuidade ao espetáculo-instalação CasaFloresta, criado por Joana Sá e Lucas Tavares e estreado no TBA – Teatro do Bairro Alto em dezembro de 2022. Surge como resposta às questões levantadas nesse contexto, ampliando a investigação sobre os processos históricos, materiais e culturais que moldam a produção instrumental.
Dia 18: 18h > 21h
Dia 19 e 20: 11h > 13h – 14h > 18h
———
+ Info
———
Concerto
18 de Julho

21H / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
MARGARIDA GARCIA
Margarida Garcia (Lisboa, 1977) tem explorado, desde os anos 90, uma abordagem única ao contrabaixo elétrico, desenvolvendo uma linguagem pessoal e inovadora. Antes de se mudar para Nova Iorque em 2004, onde viveu durante sete anos e tocou regularmente com Loren Connors e Marcia Bassett, foi uma presença marcante no cenário underground de Lisboa. Onde conheceu o guitarrista Manuel Mota, com quem colabora desde 1998.
As suas explorações com o arco, de tonalidade sombria e dramática, percorrem territórios obscuros e silenciosos e podem ser ouvidas em colaborações com artistas como Thurston Moore, Mattin, DJ Marfox ou Eddie Prévost. Além da música, as artes visuais ocupam um espaço central na sua trajetória, com publicações de desenhos, exposições e trabalhos gráficos para diversos lançamentos musicais.
———
+ Info
———
Concerto
18 de Julho

22H / ADEGA ESTÚDIO / CONCERTO
M.Z.A.L. – MARTA ZAPPAROLI + ALBERTO LOPES
Duo focado principalmente na improvisação e performance ao vivo, explorando um universo sonoro singular. Através da utilização de ondas de rádio auto-gravadas em cassetes e deteção de rádio em tempo real, por intermédio de antenas e receptores, combinando esses elementos com guitarra elétrica amplificada, cordas estendidas e eletrónicas. O resultado é a criação de paisagens sónicas imersivas, onde ruído obscuro e melodias luminosas coexistem, flutuando num mar de interferências. Um diálogo contínuo entre ondas eletromagnéticas, áudio e rádio, construindo experiências auditivas intensas e cativantes.
———
+ Info
———
Exposição
18 a 20 de Julho

18H / SALÃO SÃO GREGÓRIO / EXPOSIÇÃO
M.A.S.I – UM TERRITÓRIO COMUM
Exposição que reúne trabalhos desenvolvidos nas residências de investigação artística do Mestrado em Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR, realizadas em parceria com a OSSO.
Partindo da vivência no território de São Gregório e da proximidade com o contexto da OSSO, os estudantes foram desafiados a criar projetos de curta duração em ambiente laboratorial, com orientação de artistas convidados e o apoio de professores do curso.
Estes projectos emergem da intersecção entre o espaço pedagógico, o espaço de criação e o espaço de investigação, traduzindo não apenas resultados, mas sobretudo processos de trabalho em constante construção. A mostra reflete assim o carácter experimental das metodologias e das práticas artísticas desenvolvidas nos formatos audiovisuais: o cinema, as artes sonoras e a fotografia.
As residências foram apoiadas pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do Financiamento Programático atribuído ao Laboratório de Investigação em Design e Artes (LIDA), da ESAD.CR.
Dia 18: 18h > 21h
Dia 19 e 20: 11h > 13h – 14h > 18h
———
+ Info
———