Programa 2025

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A OSSO promove a circulação nacional e internacional dos seus projectos de criação, formação e programação, produzindo-os em rede com outros colectivos, instituições culturais ou universidades, nacionais e internacionais.


Exposição

18 de Janeiro a 15 de Fevereiro

RITA THOMAZ & RICARDO VIEIRA ⟡ PRÓXIMA PARAGEM

A “Próxima Paragem” é um projecto da OSSO que, nesta segunda iteração, no Buraco, traz dois artistas que operam sobre o desenho e espacialidade, num diálogo que articula o visível e o imaginado.

Rita Thomaz tem situado a sua prática de desenho e pintura na fronteira da abstração e da hiper-materialidade. Numa prática iterativa extremamente lenta e disciplinada, os seus desenhos, pinturas, livros e dispositivos, são mapas de uma prática performativa e contemplativa que obedecem sobretudo às possibilidades criadas pelas vizinhanças e tensões que emergem das inscrições e colorações que vão habitando e, desta forma, construindo uma superfície que nunca é só “suporte” mas o desenho, em si.

Ricardo Vieira trabalha nas áreas da música eletroacústica, artes sonoras e visuais. O seu trabalho tem abrangido tanto a palavra quanto o som, concebidos como entidades construídas pela percepção humana para possibilitar a apresentação de múltiplas versões do mundo.
Esta instalação, com o título “Possessíveis”, é um corpo de trabalho em construção e separação; Apresenta-se como uma série de causas: e ( ) que ( ). Carvão sobre papel, tinta preta sobre papel, tinta preta sobre arame sobre papel, carvão e tinta preta sobre arame sobre papel, tinta preta sobre arame sobre acrílico. e ( ) que ( ). Ricardo diz-nos que são “Tudo corpos a dançar”.

Em ambas as peças, esta “Próxima Paragem” propõe um fluxo entre o olhar fugaz, aquele do corpo em movimento, e um outro, nas suas antípodas, onde a contemplação lenta e demorada permite a extrema atenção ao detalhe e um mergulho para lá da superfície das telas e das sombras.

BURACO
Calçada do Moinho de Vento, 16 – 1150-206 Lisboa

Sábado das 15h — 19h
Por marcação

 

Na Estrada

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Baseada num modelo informal de raiz artística e destinada a crianças entre os 6 e os 12 anos, a Escola dos Labirintos propõe um conjunto diversificado de actividades oficinais que têm por base a relação entre um grupo de artistas convidados, a equipa de monitores-artistas da OSSO e as condições físicas, sociais e culturais do território rural onde estamos sediados. Estas actividades acontecem com regularidade no nosso espaço na aldeia e visam desenvolver a imaginação e capacidades projectuais das crianças através de um modelo híbrido entre aprendizagem autónoma e acompanhada, onde a exploração de diferentes técnicas, linguagens e práticas artísticas está atenta ao seu potencial de transversalidade disciplinar, bem como ao seu impacto social e ecológico, focando a educação cívica e ambiental das crianças.

A Escola dos Labirintos tem actividades regulares ao longo do ano e estrutura-se em dois eixos principais: as Oficinas Temáticas, orientadas por artistas convidados, quer para público geral como para a EB1 de São Gregório, e as Oficinas Abertas onde, através de um acesso autónomo e gratuito ao espaço oficinal da OSSO, as crianças poderão desenvolver pequenos projectos que espelhem e ampliem os seus interesses e curiosidade.


Oficina temática

10 a 11 de Janeiro

O que não se vê, o que não se ouve ⟡ Alfredo Costa Monteiro

Esta oficina propõe uma experiência audiovisual baseada na luz e no som ao vivo. Com objetos do cotidiano, a manipulação de microfones de contato e simples lanternas, vamos descobrir todo um mundo de formas e sons que vamos desenvolver para dar a esses objetos um novo significado. Os participantes formarão dois grupos: um que manipulará as luzes e o outro, o som. Com diferentes tipos de lanternas, aprenderemos a criar sombras sugestivas, usando perspetiva, profundidade e proximidade, destacando todo o seu potencial visual de cada objeto. E com o som, vamos manipular esses mesmos objetos com microfones de contato, molas e pequenos motores para fazê-los soar da maneira mais inesperada. Trocaremos depois os grupos para que cada participante possa experimentar com som e imagem. Todas estas ações serão sempre feitas com a consciência de uma peça coletiva e levar-nos-ão a criar um teatro de sombras sonoro imaginário e cheio de surpresas. Cada participante deverá trazer alguns objetos do cotidiano (utensílios de cozinha, cordas, vidros, objetos transparentes, perfurados etc.) para utilizar, tanto a nível visual como sonoro.

Assim, a oficina começará já em casa!

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Alfredo Costa Monteiro é artista sonoro, improvisador, compositor e poeta sonoro nascido no Porto. Vive e trabalha em Barcelona desde 1992.As suas peças sonoras são feitas a partir de processos instáveis, constrangimentos conceptuais, onde a manipulação de objetos como instrumentos ou instrumentos como objetos têm um forte aspecto fenomenológico. Tem estado envolvido desde 1995 em vários projetos de música improvisada e experimental. Na poesia sonora, o seu trabalho centra-se na musicalidade da linguagem e no seu conteúdo fonético, mantendo sempre um equilíbrio com a semântica. Colaborou e colabora com inúmeros músicos, coreógrafos, videoartistas, cineastas de todo o mundo, e já apresentou o seu trabalho por toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, Rússia e Japão.

Tem uma extensa discografia em editoras consagradas e outras menos conhecidas a solo e em diferentes formações.

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Oficina temática

7 a 8 de Fevereiro

Monstros Fantásticos ⟡ Oficina de Ilustração

Esta Oficina de ilustração para crianças, começamos por experimentar algumas técnicas de para despertar a criatividade e ilustrar personagens surreais: um safari de bichos a partir de objetos, linhas e manchas. A partir daí nascerá é proposto a cada criança que se dedique à criação de uma personagem fantástica: um monstro que reflita algumas das suas preocupações. Vamos descobrir e desenhar os monstros que povoam o nosso dia-a-dia, através de alguns desafios para estimular a imaginação e o pensamento!

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Beatriz Bagulho é ilustradora, animadora e realizadora. Licenciada em Animação pela University of the West of England, no seu percurso profissional procura criar uma ponte entre as artes performativas e audiovisuais, colaborando com instituições, produtoras e editoras. Recebeu em 2019 o prémio Jovem Promessa no Concurso Jovens Talentos.

Carolina Caramujo (Lisboa, 1997) é uma artista visual, realizadora de cinema e música. É licenciada em Cinema no ramo de Realização e Mestre em Desenho. A sua experiência profissional passa pela área do Cinema, Televisão, Publicidade (enquanto assistente de produção) e Diretora de Arte, bem como no Ensino de Educação Visual e Artes Plásticas. Atualmente a sua curta-metragem “Plenitude Solar” encontra-se na competição “Novíssimos” da 21a Edição do Festival Internacional de Cinema IndieLisboa.

Oficina temática

7 a 8 de Março

Oficina de Construção e manipulação de Marionetas ⟡ Teatro D. Roberto

A Oficina pretende sensibilizar as crianças para o universo do teatro de marionetas, através da construção de uma marioneta de luva. Esta técnica vai ao encontro da tradição portuguesa do teatro de marionetas – o Teatro D. Roberto, no âmbito da sua história e contexto artístico. Propõe-se a criação de uma personagem do Teatro D.Roberto, abordando diferentes técnicas de manipulação, desde o desenho, à conceção, pintura, recorte e construção. Vamos imaginar depois cenários e improvisar histórias, com pequenos ensaios individuais e em grupo.

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João Costa é natural de Oeiras (1980). Licenciado em Design e Mestrado em Artes Visuais pela UA, o seu percurso tem alternado entre a formação/ensino das artes visuais e a produção artística. Desde 2006 que o seu contacto com marionetas se iniciou, em 2009 constituiu a sua própria companhia de marionetas, e em 2012 percorreu a América Central com espetáculos de rua e muitas colaborações em teatro. Atualmente é diretor artístico do festival ESTAR- Encontros de Teatro e animações de Rua e o festival MÓ – Marionetas em Oeiras. Paralelamente desenvolve projetos de teatro de marionetas, na produção de peças originais para o teatro D. Roberto e outros, colabora também com a Associação Cultural Mãozorra.

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Oficina temática

4 a 5 de Abril

Oficina de escuta construtiva

A música é uma das pontes mais intuitivas para entender o abstrato e o concreto, e nunca é cedo demais para aceder a este aspecto da humanidade. O workshop de Escuta Construtiva para crianças aborda os actos de ouvir e de fazer formas musicais menos comuns, a fim de abrir um entendimento global e mais profundo do som enquanto fenómeno e ferramenta de diálogo, raciocínio, e emancipação. Através da escuta de música experimental e de jogos filosóficos, as crianças são convidadas improvisar a partir do não-musical, analisando e discutindo as suas práticas; são exploradas noções tanto musicais como éticas: ‘intensidade’ e ‘ritmo’ misturam-se com ‘respeito’ e ‘igualdade’. Em paralelo com o acto de escutar-se a si mesmas e às outras, as crianças participantes estarão a aprender a fazer perguntas, mais que a dar respostas.

Filipe Felizardo (Lisboa, 1985), estudou montagem para cinema e produz nas áreas da música, desenho, e fotografia. Desde 2011, a sua produção musical foca-se em composição para guitarra amplificada a solo, complementada por diversas colaborações. Fundou a editora Antumbra Publishing House, na qual auto-edita o seu trabalho visual, publica livros de fotografia, e traduções de filosofia contemporânea. Desenvolve o workshop de Escuta Construtiva desde 2011, realizando-o em diversas instituições pedagógicas e no âmbito do serviço educativo de vários festivais de música na Europa. Desde 2021 investiga filosofia no New Centre for Research and Practice, com especial foco em pedagogia e filosofia da lógica, tendo vários artigos publicados e participado em diversas conferências. À data, prepara o livro “Paideia2: The Formation of The Inhuman.”

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Oficina temática

2 a 3 de Maio

Arte com Luz: Reflexos e Texturas

Nesta oficina, os participantes irão explorar as possibilidades criativas da luz, utilizando materiais como filtros de cor, cartão, metal e vidro. A atividade consiste numa breve introdução à história desta forma de arte, na criação de uma composição visual por cada participante e, por fim, numa apresentação coletiva dos trabalhos realizados.

Formada em Fotografia Analógica pela Escola Artística Soares dos Reis e em Som e Imagem pela Universidade Católica do Porto – Escola das Artes. Como designer de iluminação, criou o desenho de luz para artistas como Emmy Curl, Janeiro, destacando-se a colaboração com Salvador Sobral, para quem concebeu a estrutura de iluminação cénica do álbum “Timbre”, e com Surma, para quem criou mais do que uma instalação luminosa e plástica. A convite da Epicentro V2, desenvolveu, em formato de concerto-instalação com PMDS, uma simbiose entre viagem visual e sonora. Fora do âmbito performático, mais recentemente concebeu a instalação “Thalassa” em colaboração com Diogo Mendes, apresentada no festival Ágora, tratando-se de uma fusão entre videoarte e design de iluminação que explora a memória visual. Idealizou juntamente com Rui Daniels uma instalação de luz para a festa “Pleasures Unknown” no LUX Frágil. Como diretora de fotografia, trabalhou na curta-metragem “Alvorada” que foi vencedora nos Canadian Cinematography Awards e na mais recente curta-metragem de Ágata de Pinho, com estreia prevista para 2025 e encomendadas pela Fundação Calouste Gulbenkian e Universidade Católica do Porto.

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Escola dos Labirintos

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O programa de residências artísticas para 2025 estrutura-se em torno de três ciclos, cada um com dois artistas convidados a desenvolver projectos de maior duração (Macro) e impacto comunitário. Em paralelo, acolhemos artistas e projetos de diferentes áreas para residências de curta duração (Micro), bem como residências de investigação em parceria com programas de mestrado.

Ao longo deste ano, a OSSO convida o público a conhecer e interagir com seus projetos residentes, apresentando atividades públicas como concertos, workshops, edições, transmissões de rádio e estúdios abertos.


Micro

6 a 12 de Janeiro

Alfredo Costa Monteiro é artista sonoro, improvisador, compositor e poeta sonoro nascido no Porto. Vive e trabalha em Barcelona desde 1992.As suas peças sonoras são feitas a partir de processos instáveis, constrangimentos conceptuais, onde a manipulação de objetos como instrumentos ou instrumentos como objetos têm um forte aspecto fenomenológico. Tem estado envolvido desde 1995 em vários projetos de música improvisada e experimental. Na poesia sonora, o seu trabalho centra-se na musicalidade da linguagem e no seu conteúdo fonético, mantendo sempre um equilíbrio com a semântica. Colaborou e colabora com inúmeros músicos, coreógrafos, videoartistas, cineastas de todo o mundo, e já apresentou o seu trabalho por toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, Rússia e Japão.

Tem uma extensa discografia em editoras consagradas e outras menos conhecidas a solo e em diferentes formações.

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Micro

13 a 19 de Janeiro

Na antiga cultura são-tomense, ululu é o ritual de enterro do cordão umbilical dos bebês no grande quintal de família e de lançamento da placenta ao mar. Assim, segundo as gerações mais antigas, as crianças cresceriam e viajariam pelo mundo mas saberiam sempre regressar à terra onde nasceram. Esta é uma conversa encenada a três vozes, na procura de circularidades, histórias, movimentos e sonoridades que desenhem questões: e se habitar geografias não-humanas for a única solução face à extinção que se avizinha? Como fazê-lo sem desperdiçar a memória de rituais úteis para essa transmutação? Onde deixar pistas para uma eventual fuga em direção ao retorno?

Raquel Lima é poeta, artista transdisciplinar e investigadora. Tem apresentado o seu trabalho em vários países da Europa, América e África em eventos de literatura, performance, artes visuais, música e ciências sociais. Destaca a sua participação na 8.ª Bienal de São Tomé e Príncipe, na 59.ª Bienal de Veneza, e na 35.ª Bienal de São Paulo. A sua investigação centra-se em oratura, memória, práticas contemporâneas de escape, abstração e cura, e movimentos afro diaspóricos. É licenciada em Estudos Artísticos e doutoranda em Estudos Pós-Coloniais. Publicou o livro Ingenuidade Inocência Ignorância e é uma das co-fundadoras da UNA – União Negra das Artes.

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Micro

20 a 26 de Janeiro

Sinopse do filme a realizar.

Este filme não é apenas sobre o rio, é uma espera, uma Vigília do tempo dos elementos que o atravessam. Persistem, habitam, resistem. O corgo vibra no canto, a água que carrega o peso das histórias que ninguém as conta. É uma celebração da sobrevivência, dos que contemplam, dos que trabalham, dos que existem à beira do invisível, os que estão à margem e pertencem à paisagem.

João Ramos
Nasceu em Peso da Régua em 1991 e é descendente Angolano, vive e trabalha em Lisboa. Frequentou o curso de Especialização Tecnológica em Fotografia e Vídeo, em Castelo Branco, na ESART — Escola Superior de Artes Aplicadas.
Em Lisboa, aprofundou os seus estudos no Ar.Co — Centro de Arte e Comunicação Visual, no departamento de Cinema – Imagem em Movimento, consolidando uma abordagem autoral. Colaborou em diversos projetos de cinema independente, desempenhando papéis nas áreas de montagem, realização e fotografia.
O seu trabalho explora múltiplos dispositivos, desde a imagem em movimento até à fotografia. Uma dimensão ficcional onírica emerge da sua prática, unindo exploração sonora e captação visual, sempre envolta em um mistério inerente. Este percurso é enriquecido por residências artísticas, seminários e workshops que abrangem desde a escrita criativa até à fotografia e realização, refletindo o seu desejo de expandir constantemente métodos e disciplinas.
Em paralelo, dedica-se à programação de cinema e à curadoria de artistas independentes, particularmente no espaço Cosmos.cac. em Lisboa. Através dessa programação, apresentou os seus filmes em sessões públicas, com destaque para exibições no Batalha, no Cosmos e no Fuso.
Colaborando continuamente com artistas, músicos e realizadores, desenvolve o seu trabalho de forma coletiva, sem perder o foco individual e autoral. A sua prática reflete um compromisso com o cinema contemporâneo português, criando espaços para a sua exibição e experimentação. Consciente dos recursos disponíveis, das suas capacidades e limites, o seu percurso é marcado pela sensibilidade em criar e sustentar diálogos artísticos e culturais.

Pedro Cardoso
Pedro Cardoso, nascido em 1986, é músico, produtor e sonoplasta. Desde cedo se envolveu em projectos musicais, assumindo a posição de guitarrista e compositor. Durante o seu percurso académico na área de Engenharia Biomédica começou a desenvolver o interesse pela engenharia de som e produção digital. Iniciou-se mais tarde na composição e sonoplastia para cinema tendo participado em alguns concursos e projectos locais começando a sua carreira profissional em 2010 aquando a integração do coletivo Husma, uma produtora de cinema de animação na qual assumiu a funçao de compositor musical e sonoplasta. Desde então, participou em variados projectos na área do cinema, teatro, publicidade e jogos. Destacando-se as colaborações com a RedCloud – Teatro de Marionetas e o Teatro de Marionetas do Porto. Integrou também a banda ThanatoSchizO como músico de sessão para a digressão do disco Origami. É membro fundador da banda Bardino, tendo sido guitarrista e compositor no EP de apresentação. Está actualmente a participar na digressão do espetáculo Hansel e Gretel da companhia Red Cloud – Teatro de Marionetas, na qualidade de músico e actor.

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Macro

27 de Janeiro a 23 de Fevereiro

No âmbito do projecto “Dois Dias para Além do Tempo”, um projecto de raiz teatral dirigido por Óscar Silva (Terceira Pessoa) com Direção e Composição Musical de Ricardo Jacinto (OSSO), cuja macro-residência será focada no desenvolvimento de novas composições e dispositivos de difusão sonora para um novo ensemble com Angélica Salvi (harpa e electrónica), Pedro Oliveira (percussão e electrónica) e Manuel Pinheiro (sonoplastia). Esta formação acompanhará a circulação do peça em causa ao longo do segundo semestre de 2025. Este projecto tem por base a obra Ulisses de James Joyce, à luz da disposição estrutural do episódio «O Gado do Sol» ou «O Gado de Hélio ou Hiperíon» (ou 14.º capítulo) de Ulisses, de James Joyce . A estrutura do espetáculo e da música associada segue, de forma geral, o arco formal associado ao processo criativo fazendo referências diretas ao arco da vida (nascer, crescer, morrer), ao arco epopeico (início da viagem, desenvolvimento, regresso a casa).

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Micro

10 a 16 de Fevereiro

M.Z.A.L. é um projeto musical de (Marta Zapparoli & Albrecht Loops).

O Duo foca-se na improvisação, performances ao vivo, com o uso de ondas de rádio auto-gravadas em cassetes, deteção de rádio em tempo real através do uso de antenas e receptores de rádio, em fusão com guitarra eléctrica amplificada, cordas estendidas, eletrónica, efeitos. O Duo cria paisagens sónicas imersivas de ruído obscuro e melodias alegres, flutuando num oceano de interferências. Um diálogo sonoro entre ondas electromagnéticas, ondas de áudio e ondas de rádio.

Marta Zapparoli é uma artista sonora italiana, artista de rádio, improvisadora, performer e investigadora independente baseada em Berlim desde 2007. Capta gravações únicas de radiação electromagnética proveniente do espaço exterior e da atmosfera, do ambiente energético na Natureza – electrosmog, e da comunicação por ondas rádio do mundo tecnológico. Os seus principais instrumentos são uma variedade de antenas, receptores de rádio, detectores, gravadores de cassetes e máquinas de banda magnética. Desde 2003, tem trabalhado em performances ao vivo, site-specific e composições. Desde 2010 é membro da (24 peças) Splitter Orchester em Berlim, Pareidolia duo, THE ELKS quarteto, Vertigotransport Duo, Hofmann/Lorenz trio, M.Z.A.L. duo, entre outros projectos. Actuou em vários festivais conceituados como A’LARME!, CTM, Darmstadt, Maerzmusik, Atonal, Fusion, Borealis, High Zero, Meteo Mulhouse, ArtAct, MusraraMix, LEM, Space Festival, The Listening Affect, Lisboa Soa, entre outros.
Lançou a solo nas editoras Glistening Examples, TMRW, Zeromoon, Idiosyncratic Records, Dissipatio Record.

Alberto Lopes (aka Albrecht Loops) (PT)
Tem trabalhado regularmente nas áreas da música experimental e improvisada desde o final dos anos 80, integrando várias formações e colaborando com diversos músicos como Peter Kowald, John Zorn’s Cobra, Koji Asano e Nuno Rebelo. O seu trabalho centra-se nos instrumentos de cordas e na lutheria, desenvolvendo instrumentos únicos como o Twintar, um cordofone onde a execução simultânea de dois instrumentistas produz resultados em constante imprevisibilidade e transformação. Tem um vasto trabalho de música de cena, tendo trabalhado com várias companhias, encenadores e coreógrafos, tais como: Visões Úteis, Dato de Weerd, Paulo Lisboa, António Feio, Nuno Cardoso, Paulo Castro, José Wallenstein, Rui Nunes e Francisco Camacho.
De 1999 a 2003 foi fundador e diretor artístico do Co-Lab, o Festival de Música Improvisada que foi decisivo para o crescimento da cena musical experimental no Porto e para a confluência de diferentes perspectivas de exploração sonora. Foi coordenador de som do Teatro Aveirense, coordenador técnico do Teatro Municipal da Guarda e diretor técnico de A Moagem Cidade do Engenho e das Artes no Fundão. Desde 2013 é membro do núcleo da Sonoscopia no Porto, associação cultural para a qual contribui como criador e performer no desenvolvimento de trabalhos como Phonambient, Phonopticon, Phobos, tendo actuado ao vivo em vários países europeus e na Colômbia.

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Micro

17 a 21 de Fevereiro

Residência de Isabel Baraona com o intuito de organizar e rever o seu arquivo em torno de projectos pessoais que articulam Desenho e Escrita.

Isabel Baraona lecciona na ESAD.CR desde 2003 no curso de Artes Plásticas. É licenciada em Pintura pela La Cambre (Bélgica) e Doutorada em Artes Visuais e Intermedia pela Universidade Politécnica de Valência (Espanha). Em 2013, no âmbito de um pós-doutoramento, foi bolseira da Universidade Rennes 2 (França) onde desenvolveu uma investigação que deu origem ao projecto Tipo.pt, um arquivo online sobre livros de artista e edição de autor em Portugal; sendo ainda co-editora de Portuguese Small Press Yearbook.

Em 2001 iniciou o seu percurso profissional com uma exposição individual intitulada mythologies tendo participado em diversas exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Foi um dos membros fundadores da Oficina do Cego – Associação de Artes Gráficas, com a qual colaborou até 2013. Entre 2011 e 2016 foi uma das organizadoras de “o que um livro pode”, encontros anuais à volta dos livros de artista e edição de autor. Colabora informalmente com o JAB – Journal of Artists’ Books desde 2011.

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Micro

24 de Fevereiro a 2 de Março

ALBOR – Num vale remoto, longe de qualquer estrada ou cidade, uma pequena minhoca agita-se alegremente na terra, enquanto um andorinhão pousa o seu brilho num ramo e moscas esvoaçam à volta de uma laranja. Da janela do seu atelier, Yamila contempla a lua a iluminar as montanhas enquanto esboça ideias no seu caderno. Há algum tempo, decidiu refugiar-se na quietude de uma comunidade ecologista, aprendendo com o animal, tentando esquecer o humano. É nesta comunhão com a natureza que encontra a força para embarcar na sua viagem criativa, a sua terceira obra: “Albor”. Os ecos da terra ressoam, o sussurro do vento embala acordes luminosos e as árvores dançam ao ritmo do dia. Neste álbum, o emaranhado do artificial espreita o orgânico como um broto que emerge da terra dura e a fertiliza. A voz de Yamila entrelaça-se com a eletrónica e os sons da natureza, enquanto o trio de cordas Echo Collective tece paisagens que irradiam vida.

Yamila é uma compositora, violoncelista, cantora e produtora espanhola, cuja prática se baseia na experimentação e na escuta profunda. O seu trabalho habita a convergência entre a música eletrónica e analógica, explorando as dimensões místicas e transcendentais do som. Após o lançamento do seu primeiro álbum em 2019 com Iras Fajro (Forbidden Colours), apoiado por Clark (Warp), Yamila regressa em 2021 com Visions (Umor-Rex), com colaborações com o músico nova-iorquino Rafael Antón Irisarri. Desde o seu início no violoncelo clássico aos sete anos de idade, até à sua formação em Sonologia no Conservatório Real de Haia, Yamila tem percorrido um caminho de exploração constante.

yamilasounds.com

Esther Coorevits é uma viola versátil com uma formação musical diversificada que abrange os géneros clássico, contemporâneo, pop e jazz. Iniciou os seus estudos de viola na Academia de Música de Waregem e aprofundou a sua formação com um doutoramento no IPEM, centrando-se na expressão e no movimento na execução musical. Após a conclusão do seu doutoramento, prosseguiu os seus estudos de viola no Conservatório de Gante, sob a orientação de Diederik Suys. As suas actuações levaram-na a locais e festivais proeminentes como o Rock Werchter, Pukkelpop, o AB e o Concertgebouw Amsterdam.

www.esthercoorevits.be

Micro

10 a 16 de Março

ivu’kar é um espectáculo em processo de criação sobre o subliminar, o invisível e a eternidade.

Baseado numa interação poética, sonora e gestual entre mim e a minha mãe, ivu’kar é uma ficção do real — um arquivo da história das coisas invisíveis que mapeamos em conjunto — que documenta a nossa interação mãe-filho abrangendo toda a fantasia, ficção, abstracção e interpretação ambígua do real.

ivu’kar é um documentário ficcional representado em cena, onde eu sou performer e pianista e interajo com um piano motorizado que toca sozinho, um desenho de luz, cenografia, objetos e fumo. A partir de ferramentas como a língua gestual, o código-morse e o lip sync, todos estes elementos ativam no espaço a representação de fragmentos extraídos de uma conversa gravada entre mim e a minha mãe sobre os temas do invisível, do subliminar e do eterno.
ivu’kar é um exercício de pensar um espanto muito antigo.
É sobre a mãe e aprender com ela o infinito.

PRÁTICA E LINGUAGEM

Numa exploração constante entre o visível/invisível, realidade/ficção, ivu’kar  assume uma linguagem plástica, simbólica e subliminar através de uma abordagem interdisciplinar que cria ficções sobre um arquivo emocional.

ivu’kar  aborda este arquivo numa perspectiva filosófica, poética, íntima, absurda e do cómica, estabelecendo uma relação entre o choro e o riso. A minha mãe e eu somos pessoas que riem e gozam consigo próprias e com o mundo, fazendo-o por espanto — o invisível é tão incrível que é absurdo e por isso também risível.

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Macro

10 de Março a 24 de Abril

Com uma prática artística centrada no desenho, focando actualmente a relação entre a sua materialidade e a paisagem, Rita Thomaz, deu início (em 2022) à criação de um arquivo de cores e fibras vegetais provenientes da flora da Aldeia de São Gregório (OSSO), incorporando  no seu processo criativo essa matéria-prima e os processos e tempo associados a essa recolha, arquivo e posterior transformação. A variação da cor da paisagem de São Gregório ao longo do ano, foi sendo revelada em dispositivos cromáticos apresentados em diálogo com a arquitectura de diferentes espaços (OSSO, São Gregório, Junho 2023, Atelier-Museu Júlio Pomar, Janeiro de 2024 e A Moagem – cidade do engenho e das artes Novembro 2024) . O arquivo e transformação de fibras vegetais e plantas tintureiras foram, simultaneamente, matéria prima e desenho.  Para este ano de 2025, juntamente com os artistas Lucas Almeida (artes plásticas, serigrafia) e Leonor Pêgo (escultura, oficinas na natureza), propôe-se a desenvolver num arquivo físico / objecto / herbário / catálogo “pantone”, que materializa, um livro de artista, esta investigação sobre a paisagem cromática de São Gregório.

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Residências

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A OSSO é uma estrutura colectiva que desde 2012, tem vindo a desenvolver a sua actividade em torno do apoio à criação, programação e formação artística, predominantemente transdisciplinar, em colaboração com outros artistas e colectivos, suportada por parcerias públicas e privadas. Os seus projectos, de cariz acentuadamente experimental, procuram explorar práticas artísticas em articulação com um pensamento crítico, estético e político que contemple a especificidade dos contextos e territórios nos quais se inserem.

Depois de ter estado na Fundição de Oeiras (2012–15) e na sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa (2016–17), em 2018 a OSSO mudou-se para um novo espaço na aldeia de São Gregório, Caldas da Rainha, inaugurando um espaço para Residências Artísticas, compreendendo o acolhimento de projectos e artistas associados ou outros convidados. Este espaço é o centro de um conjunto de actividades nas áreas da criação, formação e programação artística em articulação com parceiros locais, nacionais e internacionais, sempre atento à comunidade e território rural onde se insere, e ao potencial impacto dos seus projectos em outras geografias e comunidades mais distantes.

A OSSO pretende deste modo ser um ponto de encontro entre artistas, fomentando o estabelecimento de redes nacionais e internacionais de estruturas e artistas congéneres, dialogando activamente com a comunidade local e perspectivando sempre a contínua construção e manutenção de um Lugar onde os processos de criação artística são as fundações de um projecto social, político e ecológico de raiz comunitária.

Desde a sua constituição a OSSO tem mantido um arquivo detalhado dos seus diversos projectos que pode ser acedido em www.arquivo.osso.pt.

Direcção Artística: Ricardo Jacinto
Direcção Gestão: Rita Thomaz
Direcção Técnica: Ricardo Vieira
Produção: Liliana Ferreira
Produção (oficinas): Beatriz Sousa
Design e Comunicação: Travassos
Documentação: João Quirino, Inês Gomes e Joana Rodrigues
Monitores (oficinas): Rita Olivença, Lucas Resende e Laura Santos

Estrutura financiada por:

Osso

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